Descobrir se Deus é masculino ou feminino pode nos levar a reflexões sobre o que realmente importa
Falar sobre Deus já é uma grande responsabilidade e descobrir se Deus é masculino ou feminino, então, é uma responsabilidade maior ainda.
Afinal, não há dúvidas de que muitas pessoas já se questionaram: por que Deus tem que ser um homem? Ou então por que Deus tem que ser uma mulher?
E se nós disséssemos que é possível, sim, responder esta pergunta? A Pousada em Aiuruoca – Reserva Ecológica Canto do Papagaio convida você para esta reflexão.
Evidências escriturais védicas
A ciência de bhakti-yoga, que embasa todos os estudos em nossa Pousada em Aiuruoca, prescreve os Vedas como uma fonte escritural sagrada.
Pois, para ser sagrada, é necessário que sua origem seja igualmente confiável e seu conteúdo transmitido de forma fiel.
Assim acontece com os Vedas. Escrituras que incluem informações preciosas para a humanidade, transmitidas pela primeira vez pela própria Suprema Personalidade de Deus, Śrī Kṛṣṇa.
Estes ensinamentos, que vão desde a medicina, astrologia, política e antropologia, até à ciência da autorrealização espiritual, contam com um livro em especial que nos apresenta aos aspectos feminino e masculino de Deus.
Desvendando os passatempos de Deus
O Śrīmad-Bhāgavatam e a Bhagavad-gītā são livros considerados confiáveis para se descobrir os segredos do amor e serviço a Deus. O Śrīmad-Bhāgavatam (1.5.11) declara:
“Por outro lado, a literatura repleta de descrições das glórias transcendentais do nome, fama, formas, passatempos e demais atributos do ilimitado Senhor Supremo, é uma criação diferente, plena de palavras transcendentais, destinadas a provocar uma revolução na vida ímpia da civilização desorientada deste mundo. Tais literaturas transcendentais, embora imperfeitamente compostas, são ouvidas, cantadas e aceitas por homens purificados, que são inteiramente honestos”.
Estes passatempos nos apresentam a Deus não como um homem ou uma mulher, mas como um casal: Rādhā e Kṛṣṇa.
Deus na forma de um casal
Se por vezes entramos em contato com beleza, riqueza, poder, fama, renúncia e sabedoria que nos chamam a atenção, Aquele que criou tais opulência só poderia ser a manifestação completa de cada uma delas.
A suprema beleza, a suprema riqueza, a suprema sabedoria e tudo o que proporciona prazer a Deus reside em Śrī Rādhā, o aspecto feminino de Deus.
“Essência da beleza e da relação,
Quintessência da compaixão e bem-aventurança,
Corporificação da doçura e do brilho,
Epítome da arte, da graciosidade no amor:
Que minha mente se refugie em Radha,
A quintessência de todas as essências.”
(Prabodhananda Sarasvati)
Outro livro da literatura védica estudado em nossa Pousada em Aiuruoca, o Caitanya-caritamrta (Adi-lila 4.95-98), nos diz:
“O Senhor Krsna encanta o mundo, mas Sri Radha encanta até mesmo Krsna. Assim, Ela é a Deusa Suprema de tudo. Os dois não são diferentes, como evidenciam as escrituras reveladas. E, ao mesmo tempo, são unos, assim como o almíscar e sua essência são inseparáveis, ou como o fogo e seu calor não são diferentes. Enfim, Radha e Krsna são um, embora tenham aceitado duas formas para desfrutarem de um relacionamento”.
Portanto, Deus manifesta Seus aspectos feminino e masculino divinos como a suprema fonte de prazer e a forma todo-atrativa, respectivamente.
Somos almas espirituais
A partir da essência do conhecimento védico descobrimos que a reflexão que verdadeiramente importa é a de que somos almas espirituais.
Compreender Deus em Seu aspecto feminino ou masculino faz com que enxerguemos que não há imposição de um sobre o outro, mas, sim, uma dança sagrada, cujos movimentos embalam a perfeição de toda criação.
Nosso mestre espiritual, Śrīla Prabhupāda, ensina que não devemos nos apegar aos condicionamentos de nossos corpos e mentes, que apresentam tendências à necessidade de controle.
Conhecer o aspecto de Deus como um casal nos leva ao descobrimento da maior bem-aventurança de quem realmente somos.
A alma quer servir, servir com amor e devoção o Divino, diante de Sua infinita compaixão e misericórdia conosco ao nos possibilitar seguir pelo caminho que leva ao restabelecimento de uma relação íntima com Ele – Radha, feminino, e Krsna, masculino.
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